Está Escrito
Ednardo
Está escrito
No grande livro da sabedoria popular
Que primeiro se deve viver
Que é pra depois poetar
Se arme de amor e coragem
Que a minh'arma eu nunca embainho
Se arme de amor e coragem
Como a rosa se arma no espinho
Na tragédia, poesia, na prosa
Tem picada feroz e carinho
Se arme de amor e coragem
Que a minh'arma eu nunca embainho
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Versos de Violeiros e Cordelistas
D.P.
Mana pegue na viola
Que eu quero ver seu talento
Sendo de metal eu quebro,
Sendo de bronze impromento
Sendo de aço eu envergo,
Sendo de ferro eu 'rebento
Menina você é minha
Suceda o que assuceder
Aquilo que o povo diz
Foi ou é ou há de ser
Pois menina quando mija
E faz um buraco no chão
É sinal que já tem força
No bico do gavião
Sou raio estou faiscando
Sou peçonha de serpente
Sou furacão na nascente
Sou pedra infernal queimando
Sou dez navalhas cortando
Devora sem ver a quem
Dos poetas que aqui tem
O que for de mais conceito
Eu pegando ele à meu jeito
Ou quebra, ou papoca, ou vem
Cachaça bicha danada
Cachaça bicha gostosa
Quantas vezes bebi dela
E caí pela calçada
Com a boca bem aberta
E a barriga espichada
Sendo alvo do aperreio
Do povo e da meninada
Pois a gente bebe tanto
Nessa terra do Brasil
Que até o nosso mapa
Já tem forma de funil
Avoa meu caboré
Penera meu gavião
Avoa meu caboré
Penera meu gavião
Palmatória quebra dedo
Palmatória faz vergão
Palmatória quebra dedo
Palmatória faz vergão
Quebra osso amassa carne
Só não quebra opinião
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