O Hutúz surgiu com o objetivo de mostrar que o movimento Hip Hop poderia ser realmente organizado e construir conceitos definitivos que ficassem para a história. Surgiu para marcar uma geração e iniciar o século 21 eliminando os estereótipos, agregando parceiros, patrocinadores, governos e todos aqueles que por alguma razão sempre se mantiveram distantes dessas realizações que, segundo eles, não tinham qualidade na sua execução (deficiência essa que existia, sobretudo, em função da falta de apoio).
O tempo passou. Iniciamos um novo século. Ano 2000: a CUFA resolveu ignorar essas deficiências e hoje está provado que podemos executar ações tão nobres quanto as que podemos admirar. E essa não é uma conquista somente da CUFA, mas de todos que fazem parte do movimento Hip Hop, este que a partir de 2010 passará a ter um novo desafio: mostrar que o movimento existe de verdade e tem capacidade para se organizar e para construir, inclusive, outros Prêmios de Hip Hop.
Tudo isso com o objetivo de continuar valorizando seus artistas anônimos e consolidando a carreira dos tantos "ex-anônimos" que, a partir do Hutúz se tornaram referência para os jovens das periferias do Brasil, e – por que não dizer? – para os jovens de classe alta que descobriram o Hip Hop e passaram a respeitar essa cultura e seus protagonistas.
O Hutúz acredita que o movimento Hip Hop existe e tem força suficiente para continuar este projeto. Por isso, anuncia aqui o fim desse ciclo em 2009, quando comemorará seus 10 anos de vida e realizações. Por esse palco muitos artistas passaram, muito se revelaram, tantos outros – não menos importantes – disputaram entre si e agora fazem parte da história do Hip Hop nacional.
Música Brasil com P. - GOG - Brasília, versão do DVD Cartão Postal Bomba!!!, com participação de Maria Rita. - Melhor Vídeo Clip - Festival Hutúz 2008.
Melhor ver e escutar, Andy Mckee é três em um... ou mais...
Me lembra muito o ritmo do maracatu do Ceará, minha terra, é bacana o intrumentista explorar estas possibilidade de harmonias, solos e ritmos percurssivos
Porque esta vida É sempre um desfilar safado de idéias E neste jogo, eu não escondo o jogo E jogo até a minha A minha cara já não aguenta De tanto supapo e papo e papo Tem sempre alguém Vendendo o mesmo peixe Dizendo que é fresco
Será que alguém já desconfiou Como eu desconfio Que sempre se repete, se repete, se repete Mas pouca gente cria
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Nestes vídeos tem fotos de desenhos do encarte do Disco O Azul e o Encarnado, gravado na RCA em 1977, feitos pelo letrista e parceiro de Ednardo - Fausto Nilo. A gravadora na época, vetou o encarte afirmando que a censura federal não iria aprovar as artes gráficas. E que se o artista quisesse incluir o encarte por sua conta e risco, o fizesse por conta própria mandando imprimir e deixar na fábrica de discos da gravadora para incluir nos discos.
Ednardo "presenteou" a gravadora com estes dez mil encartes.
Curioso é que um dos desenhos era a gravura de um clássico de Leonardo da Vinci por volta do ano 1490 - símbolo do Humanismo Renascentista - um ser humano nú, na quadratura do círculo, e o outro eram dois carneiros com uma frase do Pastoril Nordestino - Auto de Natal que sempre acontece em algumas cidades do nordeste durante os festejos natalinos para saudar o nascimento de Jesus, uma espécie de ópera popular, vinda da Península Ibérica que no nordeste do Brasil ganhou conotações específicas e ficou na memória popular.
Uma das canções do Pastoril tem este trecho - "Mas eu não quero a tua riqueza, que abismou a natureza, aquela estrela que irradia, há de ser minha luz e guia"...
Ultimamente ando às vezes preocupado Vendo a cara tão risonha das crianças Nas fotos dos anúncios Nos cartazes das paredes Dando idéia que algo vai acontecer É receita certa pra sensibilizar Pra esconder, pra mentir ou pra vender Veja as caras tão risonhas Tão lindinhas, tão risonhas Nos jornais, nas paredes, nas TVs
Eu não gosto destes dedos que me apontam Eu não gosto destas frases que me dizem "O futuro deles está em suas mãos..." Pois é seu Zé, sei não... Não me esqueço que algum dia fui risonho Com u'a carinha bonitinha pra valer Quem guardou o meu futuro Quem guardou o meu futuro Quem guardou o meu futuro - me dê
(Esta música foi feita e gravada em 1977 por Ednardo em seu disco O Azul e o Encarnado)
A Suécia acaba de banir a publicidade na TV dirigida às crianças, com apoio de 88% da população. No Brasil nunca se fez esse tipo de pesquisa, mas acredito que, apesar de todas as diferenças culturais e econômicas existentes entre os dois paises, as respostas seriam semelhantes. Afinal não é justo impor pressões comerciais às crianças quando elas ainda não têm idade nem para diferenciar ficção da realidade.
Aqui, a situação agrava-se com a cruel distribuição de renda. Os anúncios estimulam um consumo que a maioria dos pais não pode realizar, aumentando a perversidade do problema, com tristes consequências. Como a do menino da periferia que, ao ser detido pelo segurança de um supermercado tomando um danoninho, disse estar apenas querendo saber que gosto tinha esse produto tão anunciado na televisão.
Alguns países foram além do sugerido pela Diretiva Européia. A Alemanha proibiu a inserção de publicidade em qualquer programa infantil. Nos canais públicos italianos não pode haver propaganda em programas infantis e na França o merchandising é proibido. A recente decisão sueca é ainda mais avançada e se apóia, além da pesquisa, na constatação de que as crianças não nascem com anticorpos necessários para se defender das pressões comerciais e, por isso, têm direito à zonas protegidas.
Trecho de matéria publicado originalmente na Revista E do SESC-São Paulo/Dezembro de 2004 - Por Laurindo Leal Filho - também publicada no site Midiativa.
Em nosso país, as crianças apresentam uma grande exposição à mídia. O Painel Nacional de Televisão do IBOPE indicou que as crianças brasileiras entre quatro e 11 anos passam uma média de 4h 51min 19s por dia em frente à TV, ocupando o primeiro lugar mundial em consumo de mídia televisiva, passando mais tempo assistindo TV (cerca de 33 horas semanais) do que na escola (23 horas).
Crianças de vários países passam, pelo menos, 50% mais tempo em frente à TV do que realizando qualquer outra atividade fora da escola, incluindo estar com amigos e familiares ou realizar deveres de casa.
A criança tem-se tornado uma “consumidora”, incentivando grandes empresas a investir no desenvolvimento de produtos para esse mercado. A criança não apenas consome, mas também influencia na decisão de compra de produtos para adultos. Estima-se que 30 bilhões de reais circulem anualmente no Brasil na forma de mesada ou renda própria de crianças e adolescentes.
Personagens da televisão têm-se transformado em um grande filão econômico mundial, transformando-se em temas de festas infantis, artigos de papelaria ou guloseimas. Em países desenvolvidos, os fabricantes participam até mesmo da criação de personagens, avaliando seu potencial para se transformarem em itens de consumo. Quem financia a permanência no ar dos programas infantis é a propaganda, e as crianças brasileiras são expostas a cerca de quatro mil comerciais por mês.
A lógica e o raciocínio são dispensáveis para persuadir as crianças por meio de comerciais. O segredo é investir na fantasia, na mágica, na aventura, utilizando temas que versem sobre relações afetivas e familiares para vender produtos, marcas ou comportamentos. Devem-se criar conexões entre suas fantasias e o estabelecimento de hábitos de consumo de interesse dos anunciantes.
A televisão afeta comportamentos, contribuindo para a obesidade infantil, o despertar precoce da sexualidade e o aumento da violência entre as crianças e jovens. Esses dados indicam forte presença da mídia no dia-a-dia das crianças brasileiras e um grande investimento em publicidade voltada para a criança na TV. Pouco se sabe, contudo, sobre o impacto dos “modelos de relacionamento” da mídia nos relacionamentos reais das crianças.
(Trechos de matéria publicada na Psicologia em Revista, Belo Horizonte, jun. 2007 por Luciana Teles Moura, Agnaldo Garcia - Convivendo no intervalo: relacionamento interpessoal de crianças em comerciais de televisão voltados para o público infantil).
Gravada como música instrumental no primeiro CD que Nonato Luiz registrou na Alemanha, no disco "Mosaico". A composição é de 1985, neste clip, gravado informalmente, Nonato Luiz (violão), compositor e instrumentista cearense / brasileiro, é acompanhado de outros dois músicos brasileiros, Wilson Asfora (violão) e Estanislau Nogueira Gubiotti (bandolim) - Gravação em Sioux Falls, SD, USA
Posteriormente esta música ganhou letra realizada por Fausto Nilo, autor e intérprete cearense / brasileiro e mudou de nome.
BAIÃO DE RUA Nonato Luiz e Fausto Nilo
Olho de menino da cidade Não demora sabe vadiar Carro, geladeira, liberdade Tudo chora pelo seu olhar É um menino nú Que brotou do chão Perto do sinal Perdeu a luz, pedindo pão Quando a lua branca Vai subindo aos pedaços sobre a construção Eu fico sonhando em teus braços E adormeço na televisão Fica tudo azul Quando a noite cai Onde a vida vai Até nascer o sol Somos um, somos dois, somos três No asfalto, somos quatro Contra cinco Somos sete, canivetes Um biscoito pra nós oito E um bilhão pro barão Ô baião do Brasil baião Um anum, dois arroz Três pedrez, pau no gato Pé de pato, pé de pinto Um pivete e sua gilete Não tem bola, quero cola Ô baião do Brasil baião Sabiá já voou, sumiu
NONATO LUIZ - CHORO ACADÊMICO
Nonato Luiz nasceu em Lavras da Mangabeira - Ceará e faz parte do grupo conhecido como Pessoal do Ceará.
Ednardo, Teti, Rodger Rogério, cantando Cavalo Ferro de Fagner e Ricardo Bezerra.
Disco: Meu Corpo Minha Embalagem, Todo Gasto na Viagem - Pessoal do Ceará - 1973
CAVALO FERRO Fagner / Ricardo Bezerra
Montado num cavalo ferro Vivi campos verdes, me enterro Em terras trópico-americanas Trópico-americanas, trópico-americanas E no meio de tudo, num lugar ainda mudo Concreto ferro, surdo e cego Por dentro desse velho, desse velho Desse velho mundo
Pulsando num segundo letal No planalto central Onde se divide, se divide, se divide O bem e o mal Vou achar o meu caminho de volta Pode ser certo, pode ser direto Caminho certo sem perigo, sem perigo Sem perigo, sem perigo fatal
Ao Rádio Jornal Canal Zeca Zines aquí você pode escutar ou assistir vídeos postados na lista. Se desejar apenas ler sem audição das músicas basta parar a execução.
Neste espaço conversaremos sobre diversos assuntos. Música, Poesia, Literatura, Costumes, Cinema, Vídeo, Teatro, Revistas, Zines, História de Quadrinhos, Cenas Culturais, etc.
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Do planeta Terra em construção, no Universo em movimento.
Consciente da (im)perfeição humana, e da maravilhosa proximidade que todos temos com a força divina e terrena, existente em cada pessoa.